Purificação de Biodiesel – Filtração com Resina Purolite PD 206
A resina iônica Purolite PD206 desenvolvida exclusivamente para a purificação do biodiesel possui alta capacidade de remoção de multicomponentes.
O emprego de colunas desta resina permite produção contínua de biodiesel sem a produção de efluentes atendendo as especificações europeias ASTMD6751 ou ENI4212 do B100 mais restritas do que as normas brasileiras.
A remoção das impurezas (multicomponentes) ocorre por adsorção e por troca iônica. Na adsorção são removidos o glicerol, sabões, água e metanol e na troca iônica são removidos também sabões, mas principalmente sais inorgânicos e íons oriundos dos catalisadores utilizados na transesterificação.
Os contaminantes são removidos sem gerar efluentes líquidos em colunas de filtração para operar até a saturação da resina, percebida alteração dos parâmetros de qualidade do biodiesel produzido (especificação de cada cliente).
Resina de Troca Iônica
Normalmente a resina tende a saturar pela remoção dos gliceróis, contudo permanece operando para o tratamento dos outros contaminantes.
Capacidade: 1 kg resina trata 1500 – 2000 kg de biodisel (com 500 ppm de contaminantes)
Operação: A quantidade de resina a ser utilizada deve ser 3 vezes menor que a vazão de trabalho, ou seja, deve obedecer a condição de 3 BV/h (BV = volume de resina).
A melhor eficiência da resina é obtida quando o equipamento opera à temperatura ambiente, porém suporta trabalhar até 150°C desde que em vasos apropriados.
As colunas devem operar no sentido descendente. Sugere-se a instalação de duas colunas: uma de trabalho e outra de polimento. Dependendo do processo é recomendado instalação de uma terceira coluna para que a operação não seja interrompida durante a limpeza da resina.
Filtro de Troca Iônica
Obs.: Em alguns casos as colunas de resina operam como polimento do processo convencional (lavagem – secagem do biodiesel) para se obter maiores ciclos de trabalho com alta qualidade no B100 produzido.
Limpeza da resina: para uma condição de até 500 ppm de contaminantes totais no B100 a previsão de saturação da resina deve ocorrer entre 4 e 6 semanas. A resina suporta operar com concentrações maiores de contaminantes, mas os ciclos de trabalho serão reduzidos. A perda da capacidade de remoção ocorre ciclo a ciclo de acordo com a operação do sistema e as características do biodiesel a ser tratado. A limpeza da resina ocorre quando é observada fuga de glicerina, sabões, metanol ou metais no biodiesel tratado de acordo com a especificação de produção do cliente. A resina tende a saturar-se primeiramente por gliceróis, contudo permanece operando para o tratamento dos outros contaminantes.
O processo de limpeza da resina visa devolver a capacidade de adsorção de contaminantes. Esse procedimento é realizado através da passagem de metanol ou etanol (conforme matéria-prima utilizada na reação de produção do B100) em sentido ascendente no leito de resina – volume de metanol 3 vezes maior que o volume de resina. Tal procedimento tem como objetivo a descompactação do leito e a remoção dos componentes adsorvidos pela resina. Após essa etapa deve-se drenar o metanol da coluna e ambientar a resina novamente com biodiesel. O metanol utilizado pode ser reaproveitado na reação de transesterificação.
1) Vida útil operacional da resina: a vida operacional da resina é determinada pelo custo operacional envolvido, ou seja, conforme a perda de capacidade de remoção dos contaminantes os ciclos serão cada vez mais curtos evidenciando a substituição da resina.
2) Estimativas de produção: como cada cliente possui uma característica de processo e a qualidade do B100 a ser tratado pode variar. Portanto, sugerimos a realização de testes prévios para estimativas de ciclos e obtenção de resultados quanto à performance de remoção dos contaminantes pela resina. Os testes podem ser de bancada, mas o mais adequado é a realização de testes pilotos.
Embalagem: barricas de 100Kg.